Conjunto Habitado

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Um pouco depois da meia-noite. Por de trás de uma janela próxima, olho atrás de certo movimento e vida em janelas distantes. Prédios. Meus amigos ouvem o som de ventiladores e canções antigas em volume baixo em outro lugar próximo as suas camas? Imagino apenas. Fevereiro muitas vezes é um mês bonito. Então em meio a beleza possível alguém chega em seu sofá depois de quilômetros de tráfego. Termina seu trabalho. Seu trabalho agora é pintar trabalhos que fez durante as últimas horas. O pensamento de certas pessoas é alegre ao fim do dia. Alegro-me, hoje entre outras coisas encontrei pessoas alegres com sorrisos de cansaço e contentamento. No seu jeito próprio da alegria pensam pequenas montanhas. Ela pensa montanhas e as faz em cores vivas. Ouço o sussurro das palavras em meu corpo e procuro traçar o relevo. Cerâmica, e novamente pequenas montanhas.  Lá do outro lado em outro prédio um homem passa e apaga a lâmpada do corredor. Durmo, apenas. Ao conjunto de sons e desenhos de outros.


























André Vareiro.

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